
Autor:
Flavio Leite Costa
Título:
Formação integrada no Instituto Federal de Ariquemes: egressos, inserção no mercado de trabalho ou opção pelo ensino superior
Formação:
Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Educação Mestrado em Educação pelo Departamento de Ciências da Educação da Fundação Universidade Federal de Rondônia
Orientador:
Professor Doutor Marco Antônio de Oliveira Gomes
Publicação:
Porto Velho, 2015
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo abordar o tema relacionado a inserção dos egressos do IFRO Campus Ariquemes no mundo do trabalho. Tendo como recorte para pesquisa os alunos do curso técnico de agropecuária integrado ao ensino médio, optou-se pelo levantamento histórico do ensino técnico agrícola no Brasil e, mais especificamente, em Ariquemes, para compreensão das contradições que marcaram seu desenvolvimento. Após o levantamento documental e bibliográfico acerca das políticas para o ensino técnico agrícola e com os dados empíricos coletados junto aos egressos do curso, buscou-se no materialismo histórico e dialético o instrumento de análise do objeto de pesquisa. A pesquisa indicou que as propostas para o ensino técnico agrícola vinculamse aos princípios apregoados pela Teoria do Capital Humano. A análise dos dados aponta também para o distanciamento entre objetivos proclamados pelo projeto político pedagógico do curso e os resultados concretos verificados pela pesquisa. Por um lado, verifica-se altas taxas de reprovação ou evasão do curso, o que contradiz a tese da inserção social dos alunos; por outro, a maioria dos que conseguem concluir optam pela carreira acadêmica com objetivo de continuar os estudos e conquistarem espaço no mercado de trabalho.
Palavras-chave:
Educação Profissional. Egressos IFRO. Técnicos Agrícolas. Políticas Educacionais
Referencial teórico – Algumas abordagens sobre a história e memória da EPT
A história da educação básica e profissionalizante no Brasil apresenta as marcas da dualidade. […] O que de fato havia era uma educação destinada aos filhos dos proprietários rurais, voltada para a formação dos futuros dirigentes. (p.46).
Ainda no século XIX foram criadas algumas instituições com o objetivo do ensino das primeiras letras e de ofícios, cujo público era formado por crianças pobres, órfãs e abandonadas. Nota-se que a educação profissional no Brasil trazia em sua proposição uma perspectiva assistencialista, o que convergia com o caráter escravocrata da sociedade, que desvalorizava o trabalho manual. […] (p.46).
O início do século XX trouxe uma novidade para a educação profissional do país, quando se verifica ações do Estado objetivando sua organização para a preparação de trabalhadores para o exercício profissional. Assim, em 1909, o Presidente Nilo Peçanha cria as Escolas de Aprendizes Artífices, e em 1910 instala dezenove delas em diferentes unidades da Federação. (p.49).
A partir da década de 1930, com a reestruturação administrativa do Estado pelo governo Vargas e o impulso da industrialização em alguns centros urbanos, surgem algumas mudanças. (p.51).
Com a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública, as propostas de modelos de ensino parecem se ampliar, principalmente ao consideramos os moldes de educação propostos para o Estado Novo, onde a formação “do cidadão” passa a ser tão importante quanto as demais. (p.52).
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